DICAS PARA UM FLUXO DE CAIXA EFICAZ
Já falei em outros artigos que, o que fale uma empresa não é somente o baixo volume de vendas, mas a falta de dinheiro!
Nesse artigo, irei falar dos elementos fundamentais, porém importantes para a gestão e planejamento financeiro no seu dia a dia.
Primeiro elemento é aprender a desaprender:
Isso mesmo! Se sua empresa está tão somente adotando o “fluxo de caixa” no dia a dia, como ferramenta para acompanhar os pagamentos e recebimentos a curtíssimo ou curto prazo, isso não é gestão financeira.
A gestão financeira e um fluxo de caixa eficiente, além de considerar as entradas e saídas de dinheiro, deve-se segregar essa movimentação de dinheiro conforme a atividade operacional (pagamento de fornecedores, recebimento de clientes e outros), investimentos (compra e venda de imobilizado) e financiamento (pagamento ou recebimento de empréstimos, integralização de capital e outros).
Veja que deverá está registrando todos os fatores. Já falamos sobre isso AQUI!
Calma que não é só isso! Além dessa segregação, é fundamental alinhar com o planejamento orçamentário, para assim realizar a comparação do previsto com o realizado e assim, realizar as correções devidas, sempre alinhando com o plano de negócios da empresa e sua visão de médio e longo prazo.
Segundo elemento é o correto regime de tributação:
É comum empresários que estão iniciando e até mesmo alguns mais experientes, não entender ou realizar reuniões periódicas com sua contabilidade, para alinhar o melhor regime de tributação.
Como temos uma legislação tributária que ainda gera muitos transtornos pelo emaranhado das leis e a subjetividade das mesmas, entender pontos simples já irão auxiliar no fluxo de caixa positivo. Tais como: quais dos seus produtos no momento da venda, não precisa mais pagar nenhum imposto, devido a classificação monofásica, substituição, alíquota zero e outras? É melhor a empresa ser enquadrada no Simples Nacional, Lucro Presumido ou Lucro Real? Se for o melhor o Simples Nacional, quais das opções de apuração (regime de caixa ou competência) irá auxiliar no fluxo de caixa? Mesmo sendo uma empresa com faturamento reduzido é possível optar pelo Lucro Real?
Cada regime desse, cada produto, cada controle interno e muito mais deverá ser considerado no momento das reuniões para a melhor opção e saiba que isso irá gerar um fluxo de caixa significativo mensalmente.
Terceiro elemento é o horizonte:
Lembra do plano de negócios que você engavetou? Não fez? Pois bem, já está na hora de tirar a poeira e até mesmo elaborar o mesmo, pois nesse documento que foram realizadas as simulações de cenários e viabilidade do negócio, também consta a visão de futuro da empresa.
Revise o levantamento das receitas, custos e despesas nos cenários elaborados no plano de negócio, analise quais os planos de investimento que foram realizados e que deram resultados positivos e negativos. Mergulhe no planejamento orçamentário, dessa forma, você irá contemplar o fluxo de caixa em um horizonte temporal conforme o ciclo de crescimento da empresa, podendo ser uma linha de tempo de pelo menos três anos conforme a atividade operacional do negócio.
Um procedimento básico, porém, negligenciado por muito é a conciliação das contas, já falamos em outro artigo (AQUI).
Quarto elemento é a atualização:
Seja qual for o porte e o nível de fatos e documentos que circulam na sua empresa, todas as ferramentas de gestão financeira devem ser periodicamente atualizadas. Estou falando dos relatórios de contas a pagar, contas a receber, fluxo de caixa, orçamento, planejamento estratégico, balanço patrimonial, demonstração de resultado. Alguns desses, devem ser atualizados diariamente e outros pelo menos mensalmente. Com isso, você terá plena capacidade de observar os ciclos financeiros e quais as atividades estão gerando ou consumindo o caixa da empresa – operacional, investimento e de financiamento.
Com esse acompanhamento periódico, você estará dotado de informações planejadas x realizadas, podendo antecipar-se de eventos que poderão impactar no fluxo de caixa, tais como: perda de cliente, mercadoria que chegar atrasada, inadimplência de cliente, negociação com fornecedores e muito mais.
Quinto elemento é o conservadorismo:
Quem deve ser otimista é a equipe comercial e com isso não estou falando que eles vivem em um mundo utópico. Vender também requer processos e isso é bem diferente de um “tirador de pedidos”.
Diferentemente das metas do comercial, a equipe financeira deverá ser conservadora e não otimista, ou seja, evite previsões de entradas e saídas de dinheiro fora do cenário realista. No seu fluxo de caixa projetado, sempre considere como cenário ideal o fato de que clientes não irão pagar na data de vencimento e até mesmo, alguns que irão solicitar descontos.
Faz sentido para você focar nas vendas e ter especialistas auxiliando na gestão da sua empresa?
Sim! Então basta deixar o seu contato abaixo que nossa equipe dará mais detalhes sobre o nosso trabalho e planos especiais.
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Por Antonio Macário, contador com especialização em Planejamento Tributário e MBA em Gestão de Negócios, é sócio fundador da Adamanto Contabilidade & Consultoria.