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Vamos ao conteúdo do artigo então!

Te falei no artigo anterior (AQUI – PARTE 1 DE 4) que o planejamento estratégico de crescimento (PEC) é entendido como: o padrão de decisões que irá determinar e revelar os objetivos ou metas de uma empresa com investimentos programado, produzindo os principais planos para obtenção das metas e escalar o negócio de forma a contribuir economicamente, financeiramente e demais benefícios para os sócios, funcionários e sociedade.

Ficou claro?

Então nosso próximo passo é identificar quais elementos do planejamento estratégico de crescimento – PEC.

Porém, vale reforçar que o PEC só terá sentido, se ele não for um documento para ser arquivado e não conter pessoas tóxicas no processo de elaboração e acompanhamento.

Então, previamente descubra se você é uma pessoa tóxica que irá prejudicar a elaboração e formação de um novo DNA da empresa.

Perfil de pessoa tóxica no ambiente corporativo:

– Dominadas pela hiperburocracia;

– São castradores de novos processos – “em time que se ganha, não mexe”;

– Utilizam sistemas e/ou processos ineficientes;

– Utilizam ou investem em infraestruturas ruins;

– Não acreditam em mudanças radicais;

Para evitar atitudes que possa prejudicar o futuro da empresa e o seu, sempre se questione: “O que é bom para o negócio?” ou “Quais das decisões pertencem ao DNA da empresa e não ao meu DNA pessoal?”

Pontuado essas questões, na elaboração do PEC você deverá previamente saber em que momento está a sua empresa, para buscar ações mais assertivas.

Momento 1: Início ou Startup

Como o nome diz, a empresa ainda é um embrião ou acaba de nascer e com isso poderá pensar em algumas estratégias voltadas para validação ou fortalecimento dos produtos, serviços, equipe e marca.

Momento 2: Crescimento

Aqui os produtos, serviços e marca já está “caindo na boca do povo”. Estratégias importantes nesse momento é continuar dando atenção a atual carteira de cliente com a mesma intensidade que busca novos, mantendo ou inovando na qualidade no atendimento e diferencial dos produtos.

Momento 3: Maturidade

Sua empresa já possui fãs e com isso é muito importante observar novos concorrentes, produtos ou serviços, pois nesse momento poderá ocorrer um declínio nos resultados econômicos e financeiros. A dica de ouro aqui é criar um novo ciclo de crescimento, em outras palavras – reinventar!

Momento 4: Crise

Se você não criou uma nova plataforma de crescimento (momento 3), a curva de crescimento está gerando resultados abaixo do planejado. É o momento ideal para uma reorganização empresarial. Ou seja, deixar a certeza de que “time que se ganha, não mexe”. É muito importante caso não tenha a habitualidade pelo menos mensal de acompanhar os resultados econômicos e financeiros da empresa através das demonstrações contábeis para readequação das contas, estrutura, parcerias e outros pontos.

Momento 5: Falência

Pois é, o que dizer?! Se o momento 4 não foi realizado com equipe profissional e mudança de mentalidade dos sócios, gestores e equipe interna – deve-se pensar na falência ou em recuperação judicial. Porém a recuperação só terá efeito, se a mentalidade da empresa mudar. Lembre-se do e-mail que falei das pessoas e sócios tóxicos.

Descoberto qual momento está sua empresa, os elementos para o planejamento estratégico de crescimento, são:

1º Elemento – Core Businesses: Defina a proposta de valor que mais se adequa a necessidade do mercado, ou seja, o ponto forte da sua empresa. Faça com que o produto/serviço decorrente da proposta seja a base de crescimento, exigindo controle de custos, melhoria das margens, melhor desempenho e outros pontos a serem analisados.

2º Elemento – Oportunidades Adjacentes: Definido o Core Businesses da empresa, agora pense nas extensões dos serviços/produtos. Tais extensões (complementos) poderão atender necessidades semelhantes ofertadas por agendas descritos nas cinco forças de Porter (AQUI – PARTE 1 DE 4) do seu mercado. Fique atendo para o crescimento focado nos canais, regiões, e serviços sempre próximos ao core businesses.

3º Elemento – NPN: Novas plataformas de negócios. Estamos falando de inovação corporativa – 4ª revolução industrial. Em outras palavras: seria utilizar de uma empresa já existente e consolidada para novas oportunidades. Podendo ser focado no crescimento horizontal ou a constituição de joint ventures. Veja que grandes organizações estão criando novas empresas, para deixar próximos possíveis concorrentes que podem impactar no futuro. Como exemplo: conhece a Zé Delivery? É um empresa de serviço que permite ao consumidor adquirir bebidas por intermédio de um aplicativo em seu celular – sem sair de casa. Por mais simples ou trivial, existe um potencial tremendo de transformação na rede de distribuição da AB Inbev de Jorge Paulo Lemann, que através da ZX Ventures que é uma empresa de São Paulo, que funciona como incubadora de novos negócios que tenham potencial de destruir Core Businesses. Perceba, que o crescimento horizontal não está na aquisição de ativos, mas sim em outros core businesses ou agentes que trata as cinco forças de Porter.

4º Elemento – Reconceber o modelo atual: Planeje a sua empresa de tal modo, a gerar valor para seus clientes, ou seja, ajuda-los a executar algo ou sanar alguma necessidade. Defina esse valor com objetivo de gerar lucro e sustentabilidade para sua empresa e pense nisso analisando quais sinais o mercado está dando como necessidade. Quem fez isso muito bem foi a Netflix. Quando anteriormente entregava DVD’s via postal (era o principal gerador de caixa) e ao invés de aguardar que um concorrente destruísse o seu negócio ou até mesmo o pensamento tóxico dos sócios e equipe, eles se anteciparam e foi responsável pelo “aniquilamento” de si mesma, remodelando o seu negócio.

Esse artigo pode ser resumido como: sem a previa análise dos elementos do planejamento estratégico de crescimento, nenhuma empresa será capaz de manter o crescimento e a excelência no correr do tempo.

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Por Antonio Macário, sócio fundador e contador com especialização em planejamento tributário e gestão empresarial.