CONTABILIDADE – PRIMEIRO OS NEGÓCIOS, DEPOIS A FAMÍLIA
Tenho quase certeza que ao colocar esse título, algumas pessoas já me jugaram sem realizar a leitura, e é bem possível que você mesmo esteja fazendo isso nessas primeiras linhas.
Mas calma, que o título é para chamar a sua atenção quanto as prioridades do seu dia a dia de maneira certa – seja empreendedor, empresário ou gestor.
Por mais que o título venha a gerar polemicas, saiba que não gosto de criar controvérsias, o intuito aqui é abrir um diálogo com novos empreendedores, ou empreendedores mais experientes e sua equipe de gestão.
Colocar em primeiro lugar os negócios e a família em segundo lugar, não faz de você empresário ou gestor uma pessoa insensível, ao contrário, já tens a habilidade de analisar tudo o que se passa em uma “floresta” e não somente uma “árvore ou outra espécie”, ou seja, conhecimento de toda a sua empresa e impactos.
É bem possível que assim como eu, você já deva ter ouvido afirmações do tipo: “Caramba cara, você trabalha demais!”, “Viaje mais com sua família, afinal você é empresário!”, “Você nunca tem tempo para participar dos encontros com amigos e familiares!” e a que mais surge em meus ouvidos é “Eu sempre coloco minha família em primeiro lugar!”.
O que acho interessante nessas colocações e outras, é que quase sempre são pessoas que possuem empregos “normais” digamos assim. Ou seja, empregados ou concursados.
Particularmente parei de me justificar com eles, pois já estou em harmonia com minha família e negócios!
Porém, se você ainda não entendeu que em primeiro lugar estão os negócios, vamos em alguns exemplos.
Caso Padre: diferente dos pastores ou líderes de outras religiões, os padres não podem casar, correto? E não irei aqui colocar assuntos de doutrina, de história da religião e outros assuntos polêmicos. Vou me ater em uma conversa que certa vez tive com um padre, onde eu indaguei para ele o motivo deles não se casarem. Esse padre além de ter me dado uma aula do passado, da “riqueza financeira” da Igreja Apostólica Romana, o que ele falou que mais me tocou, foi a visão do todo. O motivo do não casamento está no propósito de vida dos padres, que é dar continuidade no cuidar das ovelhas de Jesus e com isso todas essas ovelhas fazem parte de uma empresa (metáfora). Em suas palavras me disse, “se eu fosse casado e minha família (filhos ou esposa), estivessem precisando que eu os acompanhassem em um evento, ou em um hospital, ou a um passeio e nesse mesmo dia e horário uma ovelha (membro da igreja) viesse até mim para uma confissão ou outros assuntos importantes para a sua salvação, se eu não der atenção para minha família, eles irão aos poucos ficarem magoados com o meu propósito e até mesmo uma separação poderá ocorrer, pois esses imprevistos, digamos assim, sempre ocorrem.” Ou seja, os padres, precisam atender a sua “empresa” (igreja), onde na ausência deles, iria prejudicar o propósito de vida.
Mas calma, sei que mencionei um exemplo fora da curva, mas o intuito foi deixar claro que todos nós temos um propósito em nossas vidas, ok? Vamos então em rotinas de pessoas “comuns”.
Caso membro da família doente: disse acima que escuto “Eu sempre coloco minha família em primeiro lugar!”, lembra? Duvido que isso seja uma verdade absoluta! Imagina só toda essa prioridade, se alguém da família de quem fala isso, venha a ficar doente. Será que, quem afirma ou prioriza a família, teria condições de parar de trabalhar um ano inteiro e dedicar-se no cuidado do filho(a), do pai ou mãe doente? Claro que não seria capaz de fazê-lo, pois acabariam demitidos, pois têm compromisso com seus empregadores. E é obvio que, o mesmo ocorre para nós que somos empresários, temos os nossos compromissos, sejam com os clientes, empregados, fornecedores, governo e por aí vai.
Caso emergência nos aviões: em cada decolagem, os comissários sempre nos explicam alguns procedimentos em caso de emergência. Em um desses procedimentos, eles falam diretamente para nós adultos que viajamos com crianças, onde em caso das máscaras de oxigênio caírem, sempre temos que colocá-las primeiramente em nós e depois nas crianças. Pode ser que essa orientação em primeiro momento não faça o menor sentido, pelo instinto paterno ou materno – proteção/prioridade. Porém, como as crianças dependem dos adultos para se protegerem e como elas não tem capacidade de colocar a própria máscara, além de nós, elas também não conseguiriam superar essa emergência. Por isso a prioridade aqui é primeiramente a proteção dos adultos para a segurança da família.
Esses casos parecem simples e alguns deles cotidianos! Da mesma forma, uma empresa tem situações, onde a prioridade é o propósito, a saúde financeira e econômica, ou até situação de vida ou morte.
Dramático? Não! Se não cuidarmos como empresários das nossas empresas, todos os que precisam dela podem “morrer”.
Ficou claro que, o que estou falando aqui não é se o empresário ou gestor, são pessoas insensíveis?
Se não definirmos em nossas agendas, quais as prioridades, quais impactos de não delimitar os assuntos importantes e delegar outros, toda uma “floresta pode morrer”?
Prioridade é um dos segredos da boa gestão!
Agora que eu expliquei o real motivo do tema desse artigo e as questões prioritárias, vou te falar um pouco do que faço no meu dia a dia e alguns imprevistos.
Não é que eu coloque os negócios em primeiro lugar de forma absoluta, na verdade existe uma agenda definida e que obviamente existem imprevistos, os quais analiso a prioridade destes e o quanto se não priorizar irá impactar nos negócios, desaguando assim nos assuntos de casa e prejudicando outros.
Toda segunda feira tenho na agenda um compromisso com minha filha hoje de três anos. Vou pegá-la no ballet e depois vamos tomar uma vacina em uma clínica. De lá, como recompensa, seguimos com a nossa tarde com uma fatia de bolo de chocolate e uma seção de fotos engraçadas.
Esse momento de equilíbrio de vida, faço em um espaço que dura entre 2 a 3 horas e retorno para o trabalho.
Porém! E, se nesse mesmo horário, surgisse uma reunião de negócios que gerasse uma receita extra, beneficiando assim: meus fornecedores, funcionários, clientes e a minha família? Para mim e esposa não seria crueldade, eu trocar esse horário com minha filha, para priorizar o negócio. Por mais que ela ficasse chateada e eu triste em não está me divertindo com ela, esse momento seria em um curto prazo e todos ficarão agradecidos pela renda extra.
Para deixar bem claro quanto as prioridades, um outro exemplo foi que mesmo com a agenda comprometida com os negócios, certo dia fui surpreendido com o falecimento da minha avó e outro dia de um grande amigo desde a infância. É obvio que não deixei de comparecer no velório deles para esse momento de despedida. Onde, aqui as soluções foram: ligar para os compromissos agendados e disponibilizar outro membro da equipe ou agendar outro horário – e obvio que todos se entendem nesses momentos.
Como empresários e empreendedores, é obvio que a independência e a flexibilidade da agenda para poder priorizar sua própria vida é melhor em comparação a pessoas com trabalhos “comuns”. Porém, essas folgas, as merecidas férias para passar mais tempo com a família, não podem prejudicar o equilíbrio dos negócios e claro que o inverso também é verdade. Trabalhe duro, proporcionando o bem dos negócios, promovendo o necessário para a família e gerações futuras de todos os envolvidos – sempre com equilíbrio!
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Por Antonio Macário, contador com especialização em Planejamento Tributário, MBA em Gestão Empresarial e Sócio Fundador da Adamanto Contabilidade & Consultoria.